Psiquiatra Renata Rainha participa de live do TRE-DF sobre ansiedade

Confira os principais pontos abordados na transmissão de ontem (27).

Com a Dra Renata Rainha

Na noite dessa quarta-feira (27), a ex-Subsecretária de Atenção Integral à Saúde do DF, Dra. Renata Rainha, participou da quinta edição de uma série de lives promovidas pela Comissão de Participação Institucional Feminina da Justiça Eleitoral do Distrito Federal (CPIF). Intitulada "Um olhar feminino sobre a ansiedade: da gestão da saúde à gestão do tempo", a iniciativa contou com o apoio da Coordenadoria de Assistência Médica e Social (CAMS) do TRE-DF. Acompanharam a transmissão o ex-presidente da OAB, Juliano Costa Couto, gestores, servidores do Tribunal e o público da Corte no Instagram (@tredfoficial).
Na ocasião, a jornalista e membro da CPIF, Karen Fontenele, iniciou a entrevista pedindo que a médica falasse sobre os tratamentos disponíveis para o transtorno que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) acomete 18,6 milhões de brasileiros: “Uma das principais coisas que fazemos no tratamento de pessoas com ansiedade é organizar a rotina, ela é fundamental. Quando estamos sobrecarregados com um monte de atividades, e estamos ansiosos, a tendência é que tudo se misture e você não consiga fazer nada. A ansiedade paralisa.”
Acerca da importância dos exercícios, a médica reforçou: "Atividade física ajuda na recuperação neural, na oxigenação cerebral do corpo e no aumento de neurotransmissor. Então é um remédio natural que nós temos."
Sobre o tabu do uso de medicamentos nos tratamentos psiquiátricos, Renata Rainha explicou: "Isso acontece porque antigamente as medicações psiquiátricas que nós tínhamos causavam sedação, muitos efeitos adversos. As medicações psiquiátricas começaram a evoluir depois dos anos 1980. Então isso é muito novo! Qualquer coisa que tinha a ver com a psiquiatria era muito relacionada a "maluco", a ter que usar camisa de força, ficar dopado, ter ganho de peso, ficar babando. Quando você fala em tratamento psiquiátrico, as pessoas já falam que não querem remédio, ou “não quero ir a "esse médico de doido". E relacionam à maluquice. Não relacionam ao fato de o cérebro ser um órgão que pode adoecer como qualquer outro. E a medicação que temos hoje nada mais faz do que repor os neurotransmissores que acabam caindo a concentração nos quadros de ansiedade."
A respeito da necessidade de combater o preconceito junto aos colaboradores e aos gestores das organizações, a psiquiatra destacou: "É muito difícil combater o preconceito sem informação. As pessoas tendem a dizer que quem tem ansiedade tem a cabeça fraca, que não suporta estresse, mas não tem a ver com isso. Temos que entender que há uma predisposição individual e que a ansiedade pode acometer qualquer um.”
Sobre o impacto do WhatsApp na rotina do teletrabalho, a psiquiatra disse: “Muitas pessoas estão trabalhando via WhatsApp. E o chefe manda uma mensagem meia-noite, a pessoa acaba acordando. Então é importante silenciar esses grupos e conseguir organizar melhor o tempo.” E acentuou: "Nós temos que entender que, se a pessoa saiu do horário de trabalho - mesmo que esteja em teletrabalho - acabou. A partir daquele momento, a pessoa tem uma vida individual. Quanto mais trabalharmos esse aspecto de que o trabalho não é a vida da pessoa, é algo que faz parte da vida, mais fácil isso será."
Ao final, ela respondeu às perguntas enviadas pela audiência.
Para assistir à live na íntegra, clique aqui.
Sobre a entrevistada
Graduada em Medicina pela Universidade Católica de Brasília (2013), a psiquiatra Renata Soares Rainha concluiu sua residência médica no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (2017) e os cursos de aperfeiçoamento em Introduction of developmental psychology na University of Queensland e em Fundamentals of Neuroscience pela Harvard University.
Proprietária e responsável técnica pelo Centro Clínico Rainha, a médica possui Especialização em saúde mental da infância e adolescência (Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP) e ocupou os cargos de Chefe da Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde e de Subsecretária de Atenção Integral à Saúde do Distrito Federal.

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