CPEA realiza live sobre assédio no ambiente de trabalho com Subdefensora do DF

O evento foi transmitido pelo canal do TREDF no Instagram

CPEA realiza live sobre assédio no ambiente de trabalho com Subprocuradora do DF

Na tarde desta segunda-feira (30), a Comissão de Prevenção e Enfrentamento aos diversos tipos de Assédio (CPEA) promoveu a live “Sem aTREvimento: uma conversa sobre ética e respeito no ambiente de trabalho”, no perfil da Corte no Instagram, às 16h. No início do evento, o mediador, o Assessor de Comunicação, Fernando Velloso Filho, destacou que o evento teve por objetivo debater de forma ampla a problemática dos diversos tipos de assédio existentes na esfera profissional.”

Na fala de abertura, o Presidente da CPEA, Desembargador Eleitoral Renato Gustavo Alves Coelho destacou: “A presente palestra irá encerrar essa semana dedicada a qualquer tipo de assédio ou relacionamento abusivo ou discriminatório no ambiente de trabalho e reforça nosso compromisso do tribunal em não aceitar qualquer tipo de prática como essa.”

A palestrante convidada foi a Subdefensora Pública do Distrito Federal, Domenique Ribeiro, que destacou que o tema foi “potencializado por conta da pandemia, onde todos nós viemos para o ambiente doméstico, trouxemos o nosso trabalho para ele e todos os desafios que são inerentes a isso.”

Sobre as diversas formas de manifestação da violência no ambiente de trabalho, a subdefensora reforçou: “Muitas vezes ela é feita de maneira muito sutil. Ela não necessariamente é verbalizada, ela pode ser interiorizada como, por exemplo, quando uma pessoa quer dar uma idéia e ela é constantemente interrompida, ou mesmo com gestos.”

Ao se despedir do evento para entrar na sessão de julgamento, o Presidente da CPEA destacou: “Reitero que é sempre necessário levantar essa discussão, que foi muito potencializada no  contexto da pandemia. E é como a senhora disse, a questão do assédio está vindo em novas formas, como pelo WhatsApp, em que um chefe ou um subordinado utiliza o aplicativo fora do horário de trabalho, de noite. E isso está sendo quase uma constância, fora dos horários em que normalmente eram trabalhados.”

Acerca dos aspectos do processo de assédio moral, a palestrante frisou: “Faz parte desse processo de estigmatização – seja ele de qualquer grupo – que em determinado momento desse processo, a própria vítima se convença sobre aqueles estigmas que estão sendo levados pelo grupo. Ou seja, muitas vezes, a própria vítima do assédio moral vai acreditar que é incapaz, que tem que ficar calado, que faz um trabalho ruim e que não merece reconhecimento.”

Sobre o assédio voltado às mulheres, a palestrante pontuou: “O que está acontecendo no ambiente laboral, nada mais é que um reflexo do que acontece lá fora. Então nesse ponto não há dúvida de que as mulheres estão, sim, mais vulneráveis a esse tipo de exposição, porque o patriarcado traz essa sensação e essa expectativa de submissão das mulheres. Quando as mulheres tendem a se posicionar no ambiente laboral, elas são tidas como histéricas,  grossas. E o mesmo, quando acontece vindo de um homem, você já tem uma posição diferente, ele é tido como firme.”

A respeito do posicionamento das organizações em relação ao assédio, a subprocuradora destacou: “Precisamos estar com esse olhar atento, e fazer com, que a denúncia, os relatos de eventual conflito dentro do ambiente de trabalho, capaz ou não de caracterizar o assédio, não seja um problema organizacional. Precisamos abrir esse espaço de oitiva, e não culpabilizar as pessoas que estão fazendo eventual denúncia.”

A íntegra do debate está disponível no perfil do TREDF no Instagram. Clique aqui para assisti-lo.

 

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